Poesias de um sonho

"Se eu me permitir sonhar, voarei aos céus e habitarei entre as estrelas nos meus dias de solidão, mas se eu me fechar na escuridão de todos os meus medos, viverei eternamente na margem de tudo o que não fui capaz de crer. Não vai ser fácil ver meu reflexo todas as noites, sem poder ver em meus olhos o brilho de todas as luzes do universo...

Prefiro amar meu sonho, e fazer dele o mais sublime de mim mesma. E ele se fará em cada amanhecer uma nova poesia aqui dentro de mim!

Eu só quero voar..."

(Adriana M Machado)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Nos passos da vida




Minha vida está mudando
Em passos lentos, mas precisos.
Eles me guiam em direção ao caminho
Pelo qual me desviei a vida inteira.
Mas agora posso sentir
Que não sou eu quem vai,
É a vida, o destino quem me leva.
E junto aos meus passos,
Caminha também a saudade tua
Que não quer ficar, me deixar.
Ela me diz que quer vir comigo,
Vivenciar ao meu lado a nova vida que vem chegando.
Ela me diz que te fará eterno em mim,
Não importa como,
Mas ela virá comigo para sempre.
Que coisa estranha essa tua presença,
Que quando não se faz em saudade imensa,
Se faz nas lembranças que ficaram grudadas em mim,
Na constância do teu sorriso,
Do teu abraço,
Na constância de um pensamento
Que em todo momento se volta a você.
Que difícil é perceber que você não está aqui
 Ao mesmo tempo em que está!
Tão vivo quanto o ar que respiro,
Tão intenso quanto minha própria vida,
Fazendo parte dos meus sonhos,
Aqueles sonhos,
 De quem já está bem velhinho
E amando junto.
Aqueles sonhos que estão lá na frente,
Que ainda nem se quer ganharam forma,
Mas que você abraça comigo,
Nessa eterna solidão
Da tua presença.
E eu,
Vou seguindo meus passos
Como quem vive pra morrer de saudade.
Eu vou...

(Adriana M Machado)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Chuva cinza da saudade



Ehh saudade!
Ela chegou nesta tarde cinzenta de chuva.
Há quanto tempo nós não nos olhávamos assim, cara a cara.
Quase me assustei,
Ela me pegou de surpresa.
Deve ser porque vem chegando o Natal,
E sempre íamos juntos,
você e eu
Comprar presentes,
E sonhávamos juntos
Os sonhos meus.
Eu sei que eram só meus,
Mas você solidário como sempre,
Me ajudava a não cair da cama e despertar do sonho.
Tão gentil impossível!
Deve ser por isso que ela veio me visitar.
E hoje, em especial,
É uma tarde de um cinza triste,
Que me lembra teus finais de semana
Que eram sempre distantes de mim.
A terra da garoa ficava triste e cinza assim,
Quando você partia pro teu mundo real.
Deve ser porque é tarde de chuva nas bandas de cá,
E meu coração tem saudade das coisas de lá...
Coisas um pouco estranhas de se lembrar.
Ai ai que vontade de sonhar de novo!
E você nem quis me mostrar o que é o amor...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Um milagre em minha vida



E você veio, você chegou!
Em passos lentos a cruzar meu caminho,
Bem de mansinho.
Depois de tantos dias e noites de dor profunda,
De lágrimas que pareciam jamais parar de jorrar,
Veio a mim um sinal,
Uma respota do Pai.
E eu, meio medrosa
E ao mesmo tempo  corajosa,
Fui ao seu encontro.
E sem saber seu paradeiro,
Se o encotraria inteiro,
Fui na voz do meu coração.
E o milagre que só poderia vir dos céus,
Chegou no abraço apertado
Alí no meio da rua,
No momento mais inesperado
Como todo milagre deve ser.
Pude ver que assim como eu,
Você também estava em pedaços,
Mas em tempo de serem restaurados.
E assim foi, e assim será.
Vamos juntos tratar nossas feridas,
Sarar nossas dores
Que o tempo vai curar.
E você meu filho amado,
Nunca vai se ausentar de mim
Por tempo maior do que eu possa suportar,
Porque existe uma voz aqui dentro,
Que sempre, por toda a vida,
Ao teu encontro vai me guiar.
É Deus que habita em mim,
E que me faz sentir assim,
Em extase a contar os milagres.
Obrigada papai do céu
Por trazer de volta a razão da minha vida.
Por me ensinar a viver, a renascer,
Quantas vezes tiver que ser.
Não, eu nunca, jamais, vou desistir de crêr.
Obrigada, obrigada, infinitamente obrigada...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Filho meu, Amor meu



Dias estranhos esses...
Terríveis demais!
Dias de tristeza profunda, de agonia aguda,
De dor muito doída.
Esperar você bater o portão,
Ouvir teus passos pesados ao chão,
E enfim te ver entrar pela porta,
É algo forte demais pro meu pequeno coração.
Um dia você me disse que não fecharia a porta
Porquê eu te levaria até o portão.
Hoje espero mais que nunca o dia de te receber!
Se eu pudesse, colocaria um banquinho bem alí na entrada,
E ficaria dia e noite a velar
Pelo momento da tua chegada.
Se eu pudesse, eu não dormiria jamais,
Não falararia com ninguém,
Apenas com Deus,
Pedindo a ele incansávelmente que te trouxesse de volta.
Mas eu não posso tudo isso,
Porque existe uma outra pessoinha,
Tão esperta, tão amorosa, e tão sedenta de amor,
O teu irmãozinho, que também precisa do meu cuidado e carinho.
Todos os dias, eu e ele,
Nos prostramos e oramos por você,
Para que onde quer que estejas,
Que esteja em paz,  em segurança,
E que o Deus que te criou traga logo você pra junto de nós.
Todos os dias espero por você com tamanha ansiedade,
Que até me assusto com tudo e todos,
Pensando ser você a chegar
Pra enfim me abraçar.
Ah meu filho amado, pedaço tão adorado de mim,
Por favor fique bem, por favor voe com cuidado
E deixe de vez enquando o vento te soprar pro lado de cá!
Ah filho meu, amor meu!
Nunca vou me cansar de te esperar...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Não quero mais partir




Não sei porque se tornou tão mais fácil,
Viver acompanhada das malas que já não saem do seu lugar.
Só ficam alí, olhando pra mim,
Como se dissesem:
Vamos embora?
Vamos sonhar?
Já passou da hora de ir!
Mas eu não quero mais partir.
Não quero mais me procurar por aí.
Cansei.
Quero que me encontrem
E se não for pedir demais,
Que fiquem e morem em mim.
O resto, eu não quero mais...

Adriana M Machado

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O gosto da boca





Noite fria que faz tremer as lembranças.
Não consigo dormir nem me situar,
Pensando em tudo o que deixei de viver.
Só disso lamento,
Só por isso vou lamentar por toda minha vida.
Será que não teria sido diferente,
Se eu tivesse escolhido a outra direção?
Provavelmente sim.
Mas não escolhi.
Esperei com tanta pressa de viver!
Sim, fui vivendo na correria de quem leva a vida ao acaso,
Porque não acredita mais,
E enquanto você me chamava no teu sorriso,
Eu, tão acostumada a andar sozinha,
não percebi a tua verdade.
Agora penso,
Como idiota eu fui de não seguir você!
Me deixar levar só por alguns instantes,
Teria sido muito mais bonito.
Pelo menos esta noite,
Eu teria do que me lembrar,
Além do gosto da tua boca,
Que nunca quis me deixar.
Ai que saudade do gosto vivo da tua boca!
Quantas coisas ele me disse
Enquanto  eu sugava tuas palavras,
Enquanto eu prendia teus anceios aqui dentro de mim.
Só ficaram os sussurros,
Aqueles de quem quer se apaixonar.
Esses eu não posso esquecer,
Porque eles ficaram no gosto.
Mas as palavras,
Escodí-as tão bem escondidas
Que já não posso encontrar.
As vezes me parece grande demais esse espaço que trago no peito.
Não sei pra que serve tanto lugar pra morar,
Se no fim da noite mais uma vez estou sozinha,
Sem ninguém pra me abraçar,
Sem ninguém pra eu guardar.
Não sei pra que,
Esse jeito tão isano de amar.
Não sei...

(Postado dia 01 de novembro de 2011, às 19:10h)

sábado, 6 de agosto de 2011

Saudade infinita...




Saudade de te ter pertinho!
De ouvir teus passos pela casa na madrugada,
A procura de um lanchinho...
Saudade de ouvir teu riso, tuas gargalhadas.
De te acordar com uma bronca ou um beijinho.
Saudade das tuas discretas palhaçadas.

Saudade de brigar com você por vestir minhas camisas de futebol
Sem pedir permissão.
De sempre ceder por não saber te dizer não.
Saudade de te fazer um feijão !

Saudade do cheiro de bife queimado impregnando a casa
Cada vez que você ia pra cozinha preparar teu jantar.
Saudade da liberdade pra te abraçar.

Saudade do teu carinho, do teu cuidado comigo
Do teu jeito companheiro, amigo
Que tantas vezes dispensavam as palavras.

Saudade de te contar meus segredos,
De te confessar todos os meus medos
E te ter aqui, firme pra me fazer forte.

Saudade de te trazer chocolate ao chegar da rua,
De te dar um cheiro e de te dizer o quanto te amo,
Que estarei sempre aqui, que tudo não passou de um engano.

Saudade de te guardar aqui dentro,
Bem escondido no meu ventre de menina,
Onde não havia perigo, nem ilusões.
Onde tudo era verdade, e amor infinitamente maior que todas as dores do mundo.
Simplesmente porque dois corações
Batiam em um único laço de amor eterno, amor profundo.

Saudade de te cantar ao luar,
E com fé inabalável te guardar...

Saudade da tua cara emburrada,
Sem paciência.
É tão doída a tua ausência!

Saudade imensa da tua presença...

Saudade de você, meu filho amado,
Minha razão de viver!

Adriana M Machado

sábado, 23 de julho de 2011

Tudo nasce para a morte




Tudo nasce para a morte.
Os sentimentos fervorosos do amor, do paixão.
O nascer do sol de cada dia.
O luar e as estrelas que brilham no céu.
Das grandes e imponentes árvores à pequenas flores de um pequeno jardim.
Nós, seres racionais e irracionais.
Todas as formas de vida nascem e morrem.
Mas assim como o sol se põe para nascer de novo,
O luar, as estrelas ,
As flores, os amores,
Todas as luzes do universo,
Tudo permanece eterno nascendo e morrendo todos os dias,
Nós também, seres cheios de emoção,
Morremos pra nascer de novo.
Então prefiro olhar a morte de uma maneira diferente,
Acreditando que ela representa apenas uma passagem pra um outro estágio de vida.
Por quê não?
Nossa alma é grandiosa!
Mesmo que alguns se percam no meio de tanto sentimento,
E se entreguem às conseqüências de um coração cansado demais pra lutar,
Mesmo assim,
A alma permanece.
Somos seres cheios de luz, e não acredito que tudo isso que nos foi concedido
Seja apenas para uma única vida, esta que temos agora.
Não acredito que depois daqui não haverá mais nada, e que tudo apenas se perde.
Não, isso não.
Sei que existe um lugar em que no fim, todos nos encontraremos para um novo recomeço.
Sinto que existe vida após essa nossa rápida existência por aqui.
Por isso prefiro dizer que tudo nasce para a morte do velho, e que tudo se faz novo outra vez.
Sim, em algum lugar...

(Amy Winehouse, você se foi mas sua música te fará eterna por aqui enquanto você se faz eterna em outro lugar!)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ah que saudade



Ah que saudade eu tenho de olhar pra você!
Sentir teu cheiro que sempre foi só meu,
Te abraçar forte e descansar no teu colo,
Te beijar como a primeira vez.
Teus cabelos já estão grisalhos!
Que linda imagem te ver assim,
E sentir a mesma pulsação intensa no peito,
Sentir o mesmo amor de sempre.
Eu já sabia que seria desse jeito...
Tantos anos se passaram,
Tanto tempo sem saber nada de você
Nessa distância de mais de 9000 quilômetros
De desencantos, de lágrimas cansadas.
Nessa distância que parece infinita
E que nos separa, que quase nos divide,
Entre esse oceano imenso de saudade.
Eu tentei fugir, tentei esquecer e nunca mais olhar atrás,
Mas o tempo, a distância, nunca mudou nada de verdade.
Ah como eu amo Lisboa!
Como eu amo o fado a luz de velas,
O vinho tinto, o silêncio,
O teu abraço.
Ah como eu amo você!
Meu menino levado, brigão,
Revoltado.
Menino do sorriso dourado,
Sorriso bem preservado para aqueles que o merecem bem.
Sorriso que iluminou meu coração e me fez apaixonar.
Um amor que ficou para sempre em mim,
Grudado e bem escondido aqui dentro.
Tatuado na minha alma para sempre...
Ah como eu desejo voltar a Lisboa!
E pelas ruas apertadas de um coração apertado,
Lá pelas bandas do Bairro Alto,
Juntar meu cacos.
Meus pedaços perdidos em folhas de papel,
Em copos de whisky,
Em um abraço que ninguém nunca foi capaz de prender.
Ah que saudade da concentração Internacional de motos,
De beber até cair.
 De relaxar no gramado.
Saudade do teu olhar apaixonado...
Ah que saudade da chuva no rosto,
Do vento que me levava em tua direção
Quando eu já estava por desistir.
Ah que saudade
Das madrugadas bêbadas
Dançando nas ruas,
Amando nas ruas
Da tão sonhada Lisboa!
Ah que saudade da Avenida Liberdade...

terça-feira, 5 de julho de 2011

Talvez...





As vezes queremos só um pouco de atenção, mas não pra aparecer, mas pra se esconder por um momento até que a dor passe...
Alguém que possa acolher nossas palavras, nossas lágrimas, e só.
Mas quando a dor ta profunda demais, é que percebemos que os poucos que nos ouvem nos atribuem loucos. Estamos sozinhos no meio da multidão.
É tão ruim ser bem vindo só quando trazemos sorrisos, gargalhadas, simpatia...
Por quê simplesmente não podemos ser abraçados de verdade na hora da dor que chega corroendo assim tão forte? Por que não?
Tenho uma imensa vontade de me ausentar do mundo por um tempo.
Ir pra onde ninguém me conhece, e poder sentar na relva e em silêncio ver o por do sol, ver as estrelas, olhar para Deus... Sem falar nada porque estou cansada demais pra falar.
Apenas olhar e sentir a sua presença.
Ficar por alguns dias longe de toda essa superficialidade que me afasta cada vez mais de mim...
Eu preciso tanto ficar sozinha!
Preciso tanto parar pra ouvir meu coração, que me parece ferido, triste, muito, muito cansado...
É ruim me deitar todas as noites sem ninguém pra me dar um abraço de boa noite...
É ruím lutar contra o sono da solidão.
Talvez seja por isso esses tantos pesadelos que não me deixam repousar.
é minha consciência a gritar por socorro.
É, talvez por isso tudo, a vida está se tornando sem sentido demais pra mim.
Talvez...

domingo, 3 de julho de 2011

Pessoas...




Eu não sei não, mas nos últimos tempos tenho preferido dar a vida por coisas.
 Por um jardim, um pássaro, um livro, uma música, uma poesia...
Sim, eu tenho preferido dar tudo de mim por qualquer coisa que não seja uma pessoa.
Sei que é triste dizer isso, e mais triste ainda pra quem lê.
Da uma idéia de alguém pessimista, talvez até egoísta...
Mas as pessoas me decepcionam tanto, que aos poucos vão matando minhas ilusões.
E de repente me vejo assim, sem nenhuma vontade de sonhar com pessoas.
Dói tanto a gente dar uma vida inteira por um ser, e ele simplesmente desprezar nossa existência.
Quando me lembro tudo que passei, os sonhos que tive que abrir mão, 
O ser horrível que me tornei aos olhos alheios, tudo, só por uma pessoa que pra mim sempre foi minha vida.
Como foi difícil deixar de lado a Adriana e ser o que quisessem que eu fosse,
Sem me deixar abalar, apenas ir tratando as feridas a cada dia um pouco mais,
Para que o sangue ao escorrer não denunciasse minha presença, minha dor...
O problema é que as feridas nunca saravam, pelo contrário, 
Se abriam novas feridas a cada dia um pouco mais.
Então o que me restou foi aprender a viver com elas, 
Em ataduras que com o tempo foram camuflando todo aquele sofrimento.
Porque havia um ser humano ainda tão pequeno, que a vida tirou e levou pra longe de mim,
E que o sonho de estar perto, junto, se tornou minha única razão de viver.
Fui vivendo como dava e os anos se passaram.
Esse ser humano, essa pessoa cresceu.
E quando a vida finalmente me permitiu tê-lo junto, aqui bem perto,
Muita coisa havia mudado,
E ele não me reconheceu...
Estou só, tentado levar a vida da melhor maneira que me é possível.
Tentando colorir meus dias e noites na tinta da caneta ou na ponta dos dedos...
E descobrindo que aqui dentro do peito,
Tenho preferido me prender a tudo o que não seja pessoas...
Porque elas sempre crescem, sempre se descobrem, e muita das vezes vão embora.
E eu, uma pessoa sonhadora e desavisada,
Fica assim, sozinha, olhando as paredes
E sentindo o perfume daquele tempo que pra mim parece nunca ter passado...
Jesus foi mesmo um grande herói...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Meu templo




Meu corpo é meu templo.
Adoro meus Deuses,
Expulso meus fantasmas,
Contemplo e velo meus amores.
Meu corpo é minha obra de arte,
 Porque nele vejo a expressão da minha própria alma.
Meus olhos não podem esconder o que trago dentro de mim,
E que se expandi no mundo ao meu redor.
Meu corpo e minha alma, juntos e perfeitos na arte da vida.
Eu vivo e aqui estou.
É assim que eu sou!

Adriana M Machado

sábado, 18 de junho de 2011

Eu nunca soube quem era você...




Você se lembra daquelas noites estranhas em que a gente se encontrava?
Eu nunca soube quem era você.
Mas era tão bom te ter perto de mim!
Saber que você estava ali, que teu amor pairava sobre o meu,
Querendo morar no meu peito,
Querendo viver o meu mundo...
Mesmo parecendo que eu não te queria,
Você tonto nem percebia
Que eu nunca deixei de te querer.
E eu nunca soube quem era você.
E mesmo eu fazendo pirraça
Fingindo não perceber,
Meu coração batia forte de alegria
Por ver teus olhos olhando pra mim.
Eles pareciam falar tantas coisas...
Coisas que penso eu,
Calaria meu choro eternamente.
E naquela madrugada mais triste de todas,
Em que derramei no teu colo minhas lágrimas tão doídas,
 Toda minha dor,
Você abraçou a parte mais fraca de mim.
Me segurou  forte,
E por um fio eu não me deixei ficar.
Teria sido maravilhoso se você não tivesse me deixado escapar...
E eu nunca soube quem era você.
Mas o sabor do teu beijo eu nunca pude esquecer,
Ele foi especial...
Foi como um eclipse na madrugada,
Que se fez sol dentro de mim, iluminando os lugares mais escondidos.
Lugares de tristeza, onde coisas recentes e já tão velhas repousavam esquecidas,
Cheias de poeira e teias de aranhas.
Como coisas velhas guardadas em um depósito abandonado,
Era assim, triste e escuro alguns pedaços de mim.
Mas você que eu nunca soube quem era,
Por um momento juntou meus cacos,
 E eu me senti quase que inteira outra vez.
E quando você segurou minhas mãos e ensaiou vir comigo,
Eu cheguei a pensar que iríamos de mãos dadas para sempre.
Eu acreditei por alguns minutos.
Mas de repente senti meus dedos se desprenderem dos teus,
E bem ali, do meu lado,
Pedaços de mim se fizeram cacos estilhaçados pelo chão.
Aquele chão escuro, frio e molhado,
Voltou a ser apenas um depósito de sonhos abandonados.
E eu nunca pude saber que é você...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Aniversário...



Hoje, era para ser um dia especial,
Um dia de festa no meu coração,
Dia de alegria,
De amor,
De perdão...
Mas estou triste, bem hoje, no dia do meu aniversário.
Dentro de mim um aperto que não sei bem de onde vem.
Não sei se é paixão,
Ou mais uma perda daquelas que nunca pude me acostumar.
Você não está aqui.
Essa é a pior parte, e acho que este é o motivo da dor.
Você virou as costas pra mim,
E sem dizer que estava indo, calou-se e se foi.
Não me ensinaram nada disso.
Não me ensinaram a desapegar,
A soltar as mãos e deixar ir...
Não sem me despedir.
Agora estou doente.
Meu corpo dói,
Minha garganta dói,
Meu coração queima de dor.
Sinto a febre chegando,
Tenho frio,
E você não está aqui pra me guardar,
Mesmo que fosse só no teu olhar.
Isso me bastaria.
Eu me pergunto onde estará aquele lugar de descanso
Que todos os dias me fazia repousar,
Mas não existe resposta pra quem nunca pôde chegar lá...
Eu sei que é tudo muito louco,
Mas quem se importa com o que é normal
Em um mundo de pura fantasia?
Eu não me importo.
Eu só sei que sinto falta do seu cheiro,
Do calor que você trouxe pro meu mundo.
Sinto tanta falta que dói cada pedacinho de mim...
Você sempre fez isso com os outros,
Aqueles que deixaram de ser interessantes,
Que se deixaram utilizar quando pra você se entregaram demais.
Mas eu não imaginei que comigo também seria assim.
Que mesmo me guardando imensamente,
você partiria de mim.
Eu nunca imaginei isso, não assim...
Daqui a pouco o dia vai nascer,
Sei que ninguém vai me cantar parabéns,
Não vou ter bolo surpresa nem velinhas pra apagar.
E a única coisa que me dói tanto,
É não ter você aqui pra me abraçar...

Adriana M Machado

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Voltei só pra te abraçar




Por alguns longos dias me ausentei
Em uma viagem que parecia infinita.
Sentindo sua falta cada minuto,
Nos abraços que eu via,
Nos sorrisos alheios,
Nas ruas tristes de lugares tão familiares e já tão estranhos para mim.
Eu via você no reflexo da taça de vinho na mesa ao lado.
Era tão doído não poder ter você comigo pra brindar o amor...
Eu via teu rosto nos sabores diferentes,
No som que alguém tocava na praça da cidade,
Uma música especial e triste.
Você estava lá, morando no meu peito em cada passo daquela viagem necessária.
Enfim chegou a hora de voltar,
Hora mais que esperada de te abraçar,
De voltar pra casa e ser feliz ao teu lado.
Foram horas angustiantes de um retorno que parecia nunca chegar.
Horas de vários disparos no peito.
De um corpo quente.
De alma aflita.
Horas de muita saudade.
Mas quando finalmente cheguei,
Pronta pra te prender em meus braços para sempre,
Você já não estava mais ali.
Eu não te reconheci.
Você se deixou ir pelo caminho contrário ao meu
 Enquanto eu tentava buscar nosso sonho.
E você simplesmente se foi.
Eu perdi você.
Foi um golpe tão forte no meu coração
Que meu corpo ficou doente.
Minha alma ficou doente.
Tudo em mim se perdeu...
Até hoje me pego com o olhar ao longe,
Pensado no meu amor arrancado de mim...
Naquele amor de mentira, de engano.
É um olhar triste de um choro preso na garganta.
Um olhar de quem apenas tenta entender algo que nunca terá explicação.
Você se foi porque nunca esteve aqui,
Porque nunca existiu.
Você nunca foi real.
Você se foi como você chegou.
Sem avisar, sem se apresentar, sem se dar.
Você se foi e levou uma parte de mim que não vai mais voltar...
E agora não sei o que fazer com as lembranças que ficaram,
Porque elas não querem partir.
voltei  pra casa pra te encontrar.
Só você e ninguém mais.
Mas nunca pude te abraçar...

terça-feira, 7 de junho de 2011

“A Águia e o Pardal”




O sol anunciava o final de mais um dia e entre as árvores estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia.
Seu vôo preciso enchia seus olhos de admiração. Sentia vontade de voar como a águia, mas não sabia como fazer. Sentia vontade de ser forte como Yan, mas não conseguia ser.
Certo dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan e, de repente, a águia sumiu de sua visão. Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido. Foi quando levou um enorme susto e deparou-se, de forma repentina, com a águia. Tentou conter o vôo, em vão; acabou batendo de frente com o belo pássaro. Caiu desnorteado no chão e, quando voltou a si, pôde ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o. Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta. A águia apenas o olhava calma e mansamente e, com uma expressão séria, perguntou-lhe:
– Por que estás a me vigiar, Andala?
– Quero ser uma águia como tu, Yan. Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.
– E como te sentes, amigo, sem poder desfrutar de tudo que está além do teu alcance?
– Sinto uma profunda tristeza. A vontade  de realizar este sonho é muito grande.
O pardal suspirou olhando para o chão e disse:
– Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar. És única, tão bela! Passo o dia a observar-te.
– E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? Indagou Yan.
– Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas. Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que cortas harmoniosamente.
– Andala, a natureza de cada um de nós é diferente e isto não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia. Se firme em teu propósito e deixa a águia que vive em ti dar rumos diferentes aos teus instintos. Se abrires apenas uma fresta, terás a possibilidade de vires a voar tão alto como eu. Acredita!
E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que ouvia atentamente:
– Andala, apenas mais uma coisa: não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias. O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade aos teus sonhos. Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho.
Esta realidade é apenas para os que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido. É para os que acreditam serem livres e quando trazes a liberdade em teu coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas, serás livre!
Um pardal poderá sempre transformar-se numa águia se esta for sua vontade.
Confia em ti e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles. Tudo é possível para os que compreendem o sentido da liberdade. Basta acreditar e confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha!
Sempre acredite nos teus sonhos e nunca desistas. Voe nas asas do espírito de Deus.

Autor desconhecido.
(Texto do perfil do colégio Garra) Aqui vou praticar pra fazer real o meu sonho! Universidade aí vou eu!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Meus pés




São tantas possibilidades aos meus pés,
Tantas escolhas possíveis que estou até meio perdida.
A vida é mesmo engraçada,
As vezes nos surpreende com tudo ou nada...
Vai chegando a idade,
Aquela em que floresce a maturidade,
E por um momento tenho a sensação
De estar andando na contra mão.
Ou será que não?
Logo agora no meio de toda essa sensibilidade,
E ao mesmo tempo tanta vontade,
De fazer tudo direito,
Com mais cuidado,
Mais respeito.
Eu me calo tentando apenas respirar,
Porque sinto o ar a me faltar...
Posso construir um muro imenso em verdades,
Ou um muro maior ainda de mentiras
Com meus pés sobre as trilhas...
Posso plantar um jardim inteiro de sonhos,
Ou apenas colher as sementes que lancei pelo caminho.
Mas ainda estou na última taça de vinho!
Saboreando o gosto das sementes
Que trago aqui dentro de mim.
Sementes que todos crêem já passadas,
Envelhecidas demais pra quem é assim,
Louca assim,
Livre assim,
Bem estranha assim...
Sementes que levarão um tempo maior pra germinar,
Maior do que tudo que já vivi.
Essas sim eu quero plantar.
Mas estou ficando meio zonza,
Nos passos apressados que tenho que dar.
Corri tanto mundo a fora,
Que desaprendi o que é andar...
E os saltos que me levam na estrada,
Nesses altos e baixos do dia ou da madrugada,
São ainda desconfortáveis, apertados,
Me fazendo girar por todos os lados.
Como se me impusessem andar ligeiro
Porque o tempo está passando e vai longe,
Aqui vou eu no estrangeiro,
Mais uma vez me encontrar.
Mais uma vez brincar de amar...
E eu só sinto uma coisa.
Preciso parar,
Me calar, escutar.
Estão bem ali as pegadas que vão me levar...
É tão difícil equilibrar-se nos próprios pés!

(Adriana M Machado)

Vou descalça




Ainda assim,
 Sem saber qual direção seguir,
Onde exatamente devo ir,
Prefiro meus pés descalços.
Não quero pisar em falso.
Estou feliz desse jeito,
Calçando meus pés na estrada,
Sentindo a areia molhada.
A energia que vem da terra
Inundando aqui dentro do peito,
Fazendo meu caminho perfeito.
Passo a passo, vou descalça,
Porque quando eu me encontrar,
Pegadas não vão me faltar,
Nas histórias que trago aqui dentro.
Eu vou poder me abraçar
Na certeza que me despi tudo,
Das falsas promessas,
Do passado que morreu,
De tudo que se perdeu
E já nenhuma falta me faz.
Vou descalça, vou em paz.

(Adriana M Machado)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Desabafo Gay (Muito inteligente)



Sábias palavras querida Bárbara! Fazer comentários por aí as escusas, sem mostrar a cara é muito fácil! Eu quero mesmo ver é ter coragem pra um cara a cara! Pra isso, no mínimo vai ser preciso um pouco de informação, coisa que esse povo não tem. Vamos dizer não a homofobia e fazer isso valer! Acabar de vez com o o desrespeito desse bando de hipócrita que vive na margem desse rio de merda chamado sociedade. O que falta neste País é mais, bem mais informação, mas manter todo mundo burro é bem mais conveniente, afinal quem elegeria esses nossos governantes tão vergonhosos não é mesmo! Quem não tem conhecimento do assunto é melhor se calar concorda? Maravilhoso teu vídeo! Parabéns e conte com a gente!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A próxima página




Deixe-me virar a página
Enquanto existe encanto,
Enquanto existe história pra contar...
Enquanto teus olhos brilham dentro de mim
como se por algum momento
algo tivesse brotado...
como se meus sonhos por algum instante tivessem sido regados.
São páginas de palavras tão estranhas!
Palavras tristes e inacreditavelmente lindas demais...
São páginas de um sonho roubado,
De um sonho fantasiado,
Páginas de amor, de alegria.
São páginas de pura poesia.
E como todo poeta nesse mundo de meu Deus,
É preciso virar a página,
Para que novas emoções possam nascer,
É preciso dizer adeus.
Você preferiu partir.
Quem sou eu para te impedir?
Quem sou eu?
Os gritos que ninguém ouviu,
Os sussurros que dei,
Toda essa euforia do meu coração,
Todo amor que te dediquei,
Tudo isso passou-se quase que em vão, quase...
Você jogou fora
Toda a nossa história.
Você preferiu ir embora.
Então deixe-me sozinha apenas por um instante!
Eu vou me refazer de novo,
E tudo vai se fazer novo
Quando eu virar a próxima página...

(Adriana M Machado)

Tua ausência...




A tua ausência é algo absurdo aqui dentro de mim...
Não existe palavras , gestos, ou qualquer outra coisa que possa expressar o que sinto.
É como se a solidão, a dor, a saudade, o vazio, os sentimentos de toda uma vida se resumissem
Neste grito, neste gemido quase inaudível aqui dentro do meu coração.
É tão triste!
É tão dolorido este adeus demorado e longo demais,
Este adeus que não quer ir embora...
Será que um dia eu irei conseguir?
Eu não sei...
Mas juro que vou começar a tentar,
Que a qualquer momento algo como um estalo vai soar dentro de mim,
E meus passos vão tomar outra direção, e se tornarão em pegadas visíveis,
Pegadas de quem vive...
Juro que vou tentar, eu juro!
E posso ouvir a voz do meu próprio eco jurando de volta pra mim...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Florescer...





Eu não quero despedidas,
Não quero lágrimas, palavras arrependidas...
Não quero não.
Eu só quero guardar aqui dentro essa sensação de missão cumprida,
De amor mais que amado,
De abraço apertado.
De perfume que contagia,
Que nos enche de alegria!
Sim. Quero guardar esse gosto de primavera
Na certeza de que todos os anos que ainda virão,
As flores mais uma vez florescerão.
Tudo vai se colorir de novo,
Vou celebrar a vida em algo novo,
Nesse perfume de primavera
Que sempre me faz apaixonar...

(Adriana M Machado)

domingo, 1 de maio de 2011

Podemos trocar quase tudo...






A gente pode trocar quase tudo nessa vida.
Podemos trocar de roupa,
Trocar de sapatos,
Podemos trocar até nossos traços.
Podemos trocar de música,
Trocar os livros, os filmes,
Trocar a viagem,
Trocar a imagem,
Aquela que não nos cai bem.
Podemos trocar um beijo,
Trocar um olhar,
Trocar de mesa, trocar de lugar.
Podemos trocar um abraço,
Trocar muitos dias
Por pequenos instantes.
Podemos trocar de amantes.
Podemos trocar as escolhas,
Trocar quem somos
Por quem gostaríamos de ser,
E fazer isso valer.
Podemos trocar um banho de chuva
Por um dia de sol a nos aquecer.
Podemos trocar de cidade,
Trocar de país,
De nome, idade.
Podemos trocar nossa maneira de viver,
Trocar de bem querer.
Podemos trocar os conceitos antigos,
Trocar as idéias,
Trocar de amigos,
Os que não são verdadeiros.
Trocar tudo aquilo que não nos faz sentir inteiros.
Podemos trocar os gostos ,
Os sabores,
Trocar os sonhos,
Trocar de valores.
Mas de todas as coisas,
Apenas uma insiste em ficar
Porque não somos capaz de trocar.
Não podemos trocar os amores...
É assim que vivo esse nascer e morrer
De amor todos os dias aqui dentro de mim...
Não podemos trocar tanto assim...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ontem abracei a lua...




Ontem eu vi a lua,
Ela estava tão cheia e linda!
Parecia que olhava pra mim,
Bem dentro dos meus olhos...
Ela sorria!
Engraçado, é a primeira vez que vejo a lua sorrir...
Foi rápido demais o nosso encontro,
Logo tive que ir cuidar da vida.
Dessa vida louca que só eu entendo, ou não entendo,
Sei lá...
Mas aqueles poucos minutos que nos encontramos, me fez sentir
Que o céu é meu lugar predileto.
E um dia desses ainda vou ter uma rede pendurada na árvore dos meus sonhos,
E vou esperar a lua vir pra me visitar,
Vou abraçá-la tão forte, e sorrir tanto com ela,
Que nessa noite não haverá nuvens no céu.
Só um clarão tão grande, que vai iluminar todos os corações
Eternamente apaixonados como o meu.
Ontem a noite eu abracei o luar...

Adriana M Machado

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A tempestade




Hoje eu sinto o quanto preciso estar sozinha.
Eu preciso tanto disso!
Preciso tanto descansar meu corpo, meu coração, minha alma!
Eu não encontro minhas forças, eu as procuro mas não as vejo mais.
Elas se foram,
E não suporto mais essa dor!
Será que ninguém pode me dar a mão e me tirar daqui?
Eu preciso tanto me esconder até que passe a tempestade!
Mas não posso, porque as contas esperam por mim no fim do mês, porque pessoas dependem de mim, mesmo que eu nem seja tão importante assim para elas...
Porque o palco da vida prendeu correntes em meus pés e não consigo fugir...
Eu gostaria de ir pra algum lugar distante onde ninguém me conhecesse, onde eu não conhecesse ninguém, e ali me desligasse de tudo por dias...
Poder dormir bastante e conseguir sentir apenas a presença do vazio sem que ele me ferisse! Esquecer de tudo e de todos.
Mas sempre foi assim, eu nunca pude sair da tempestade...
A pior parte da despedida não é quando damos adeus lá fora,
É quando damos adeus aqui dentro...
Não é fácil enterrar as ilusões...

domingo, 27 de março de 2011

Palavras




Palavras não são para serem cuspidas ou escarradas. Palavras são para serem cantadas, poetizadas, ou para serem guardadas como um tesouro precioso, e presenteadas nos momentos mais especiais, ainda que em alguns desses momentos sejam somente você e o luar, ou você e o chão.
Não ouse jogar com as palavras se você não as conhece bem.
Elas podem te ferir no rebate do vai e vem.
O dom da comunicação sempre vem para aqueles que amam as palavras,
Mas para os indiferentes, cabe a solidão de quem não tem nada a dizer.
O mundo se faz tão pequeno para um coração vazio,
Que já quase nem consigo te enxergar...

(Adriana M Machado 17:51h)