Poesias de um sonho

"Se eu me permitir sonhar, voarei aos céus e habitarei entre as estrelas nos meus dias de solidão, mas se eu me fechar na escuridão de todos os meus medos, viverei eternamente na margem de tudo o que não fui capaz de crer. Não vai ser fácil ver meu reflexo todas as noites, sem poder ver em meus olhos o brilho de todas as luzes do universo...

Prefiro amar meu sonho, e fazer dele o mais sublime de mim mesma. E ele se fará em cada amanhecer uma nova poesia aqui dentro de mim!

Eu só quero voar..."

(Adriana M Machado)

sábado, 18 de junho de 2011

Eu nunca soube quem era você...




Você se lembra daquelas noites estranhas em que a gente se encontrava?
Eu nunca soube quem era você.
Mas era tão bom te ter perto de mim!
Saber que você estava ali, que teu amor pairava sobre o meu,
Querendo morar no meu peito,
Querendo viver o meu mundo...
Mesmo parecendo que eu não te queria,
Você tonto nem percebia
Que eu nunca deixei de te querer.
E eu nunca soube quem era você.
E mesmo eu fazendo pirraça
Fingindo não perceber,
Meu coração batia forte de alegria
Por ver teus olhos olhando pra mim.
Eles pareciam falar tantas coisas...
Coisas que penso eu,
Calaria meu choro eternamente.
E naquela madrugada mais triste de todas,
Em que derramei no teu colo minhas lágrimas tão doídas,
 Toda minha dor,
Você abraçou a parte mais fraca de mim.
Me segurou  forte,
E por um fio eu não me deixei ficar.
Teria sido maravilhoso se você não tivesse me deixado escapar...
E eu nunca soube quem era você.
Mas o sabor do teu beijo eu nunca pude esquecer,
Ele foi especial...
Foi como um eclipse na madrugada,
Que se fez sol dentro de mim, iluminando os lugares mais escondidos.
Lugares de tristeza, onde coisas recentes e já tão velhas repousavam esquecidas,
Cheias de poeira e teias de aranhas.
Como coisas velhas guardadas em um depósito abandonado,
Era assim, triste e escuro alguns pedaços de mim.
Mas você que eu nunca soube quem era,
Por um momento juntou meus cacos,
 E eu me senti quase que inteira outra vez.
E quando você segurou minhas mãos e ensaiou vir comigo,
Eu cheguei a pensar que iríamos de mãos dadas para sempre.
Eu acreditei por alguns minutos.
Mas de repente senti meus dedos se desprenderem dos teus,
E bem ali, do meu lado,
Pedaços de mim se fizeram cacos estilhaçados pelo chão.
Aquele chão escuro, frio e molhado,
Voltou a ser apenas um depósito de sonhos abandonados.
E eu nunca pude saber que é você...

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