Poesias de um sonho

"Se eu me permitir sonhar, voarei aos céus e habitarei entre as estrelas nos meus dias de solidão, mas se eu me fechar na escuridão de todos os meus medos, viverei eternamente na margem de tudo o que não fui capaz de crer. Não vai ser fácil ver meu reflexo todas as noites, sem poder ver em meus olhos o brilho de todas as luzes do universo...

Prefiro amar meu sonho, e fazer dele o mais sublime de mim mesma. E ele se fará em cada amanhecer uma nova poesia aqui dentro de mim!

Eu só quero voar..."

(Adriana M Machado)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Meus pés




São tantas possibilidades aos meus pés,
Tantas escolhas possíveis que estou até meio perdida.
A vida é mesmo engraçada,
As vezes nos surpreende com tudo ou nada...
Vai chegando a idade,
Aquela em que floresce a maturidade,
E por um momento tenho a sensação
De estar andando na contra mão.
Ou será que não?
Logo agora no meio de toda essa sensibilidade,
E ao mesmo tempo tanta vontade,
De fazer tudo direito,
Com mais cuidado,
Mais respeito.
Eu me calo tentando apenas respirar,
Porque sinto o ar a me faltar...
Posso construir um muro imenso em verdades,
Ou um muro maior ainda de mentiras
Com meus pés sobre as trilhas...
Posso plantar um jardim inteiro de sonhos,
Ou apenas colher as sementes que lancei pelo caminho.
Mas ainda estou na última taça de vinho!
Saboreando o gosto das sementes
Que trago aqui dentro de mim.
Sementes que todos crêem já passadas,
Envelhecidas demais pra quem é assim,
Louca assim,
Livre assim,
Bem estranha assim...
Sementes que levarão um tempo maior pra germinar,
Maior do que tudo que já vivi.
Essas sim eu quero plantar.
Mas estou ficando meio zonza,
Nos passos apressados que tenho que dar.
Corri tanto mundo a fora,
Que desaprendi o que é andar...
E os saltos que me levam na estrada,
Nesses altos e baixos do dia ou da madrugada,
São ainda desconfortáveis, apertados,
Me fazendo girar por todos os lados.
Como se me impusessem andar ligeiro
Porque o tempo está passando e vai longe,
Aqui vou eu no estrangeiro,
Mais uma vez me encontrar.
Mais uma vez brincar de amar...
E eu só sinto uma coisa.
Preciso parar,
Me calar, escutar.
Estão bem ali as pegadas que vão me levar...
É tão difícil equilibrar-se nos próprios pés!

(Adriana M Machado)

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