Poesias de um sonho

"Se eu me permitir sonhar, voarei aos céus e habitarei entre as estrelas nos meus dias de solidão, mas se eu me fechar na escuridão de todos os meus medos, viverei eternamente na margem de tudo o que não fui capaz de crer. Não vai ser fácil ver meu reflexo todas as noites, sem poder ver em meus olhos o brilho de todas as luzes do universo...

Prefiro amar meu sonho, e fazer dele o mais sublime de mim mesma. E ele se fará em cada amanhecer uma nova poesia aqui dentro de mim!

Eu só quero voar..."

(Adriana M Machado)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Deixe-me ser eu




Deixe-me ser eu
Nas vontades todas que bem me convém.
Quem se importa com tantos cuidados
De um fim de tarde ou de uma noite qualquer?
Não preciso da tua aprovação
Pra ganhar teu coração,
Ou prendê-lo à mim para sempre
Sem você nem mesmo se dar conta,
E nisso você pode apostar.
Sou tão frágil num corpo de mulher!
Mas a noite esconde a nudez que nos atormenta
De tremor, de amor.
A noite nos faz mais fortes.
Ainda bem.
Se eu quero partir no sopro do vento,
Que corta o céu e se joga no teu pensamento,
Ou se te invado e me faço lembrar,
Pra quê me amparar?
Tenho asas de anjo
Brancas como a neve.
Te levo e te trago pelos ares do firmamento.
Sou do sopro da madrugada
E quando você menos imaginar,
Vou dormir no teu beiral,
Olhando a cidade bem lá de cima
E me fazendo quem sou.
Sou solidão em carnaval.
 E se sou pessoa louca, insana,
Cantando coisas que pássaros não sabem cantar,
E pessoas não ousam sussurrar,
Então feche a janela só por um momento.
A manhã de quem voa se faz na aurora,
E você não precisa dividir comigo o meu sono solitário do lado de fora,
Nem mesmo me verá partir.
Quase não se faz ouvir meu bater de asas
De menina encobrindo meu corpo de mulher.
Sou apenas um ser estranho e apaixonado a velar teu sono.
Nada além de tudo que você é pra mim.
Nada mais além...

Adriana Marla Machado

Fazia tempo




E a gente brinda de viver em um boteco qualquer
Ou no rei dos botecos.
Um gole de chopp,
Um desejo, uma emoção.
Um sonho que por pouco não cai no chão.
Me disseram que é bem fraco meu coração.
Quem sou eu pra dizer que não?
Já faz tempo que ele bate acelerado,
Que ele dói assim meio de lado.
Já faz tempo que o ar parece me faltar,
Que ando meio em cordas bambas,
Flutuando pelo ar.
Já faz tempo em que o samba era minha companhia,
Que eu não me sentia assim, tão sozinha.
Pena que ninguém percebia
Minha amarga euforia.
Mas hoje não,
Hoje não é dia de solidão.
Hoje é dia de amigos,
 De chopp gelado.
Hoje é dia de sorrisos,
De boteco,
De abraços.
Ai como fazia tempo...

Adriana M Machado

Ninguém mais




Ninguém mais vai prender meu riso,
Me sufocar noite e dia,
Me impor companhia,
Estragar minha alegria.
Ninguém mais vai tomar meu lugar
Na minha própria vida,
Fazer sangrar minha ferida,
Nem destruir o que conquistei
Em segundos de sorrisos.
Esses são meus.
Eu me pertenço.
E ninguém vai alcançar meu coração,
Enquanto tentar me roubar de mim.
Porque disso sim, eu não abro mão.
Ninguém mais vai me dizer que não...

Adriana M Machado

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Deixe-me ser púrpura






Deixe-me ser púrpura que o cinza não me cai bem.
Deixe-me ser púrpura, e que a noite dance nos véus do meu vestido.
Deixe-me ser púrpura que jamais estarei só.
 As ilusões da noite dançarão comigo,
E viveremos, e seremos reais no mundo das cores da escuridão.
Que a noite seja púrpura também...

Adriana Marla Machado