Poesias de um sonho

"Se eu me permitir sonhar, voarei aos céus e habitarei entre as estrelas nos meus dias de solidão, mas se eu me fechar na escuridão de todos os meus medos, viverei eternamente na margem de tudo o que não fui capaz de crer. Não vai ser fácil ver meu reflexo todas as noites, sem poder ver em meus olhos o brilho de todas as luzes do universo...

Prefiro amar meu sonho, e fazer dele o mais sublime de mim mesma. E ele se fará em cada amanhecer uma nova poesia aqui dentro de mim!

Eu só quero voar..."

(Adriana M Machado)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Um milagre em minha vida



E você veio, você chegou!
Em passos lentos a cruzar meu caminho,
Bem de mansinho.
Depois de tantos dias e noites de dor profunda,
De lágrimas que pareciam jamais parar de jorrar,
Veio a mim um sinal,
Uma respota do Pai.
E eu, meio medrosa
E ao mesmo tempo  corajosa,
Fui ao seu encontro.
E sem saber seu paradeiro,
Se o encotraria inteiro,
Fui na voz do meu coração.
E o milagre que só poderia vir dos céus,
Chegou no abraço apertado
Alí no meio da rua,
No momento mais inesperado
Como todo milagre deve ser.
Pude ver que assim como eu,
Você também estava em pedaços,
Mas em tempo de serem restaurados.
E assim foi, e assim será.
Vamos juntos tratar nossas feridas,
Sarar nossas dores
Que o tempo vai curar.
E você meu filho amado,
Nunca vai se ausentar de mim
Por tempo maior do que eu possa suportar,
Porque existe uma voz aqui dentro,
Que sempre, por toda a vida,
Ao teu encontro vai me guiar.
É Deus que habita em mim,
E que me faz sentir assim,
Em extase a contar os milagres.
Obrigada papai do céu
Por trazer de volta a razão da minha vida.
Por me ensinar a viver, a renascer,
Quantas vezes tiver que ser.
Não, eu nunca, jamais, vou desistir de crêr.
Obrigada, obrigada, infinitamente obrigada...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Filho meu, Amor meu



Dias estranhos esses...
Terríveis demais!
Dias de tristeza profunda, de agonia aguda,
De dor muito doída.
Esperar você bater o portão,
Ouvir teus passos pesados ao chão,
E enfim te ver entrar pela porta,
É algo forte demais pro meu pequeno coração.
Um dia você me disse que não fecharia a porta
Porquê eu te levaria até o portão.
Hoje espero mais que nunca o dia de te receber!
Se eu pudesse, colocaria um banquinho bem alí na entrada,
E ficaria dia e noite a velar
Pelo momento da tua chegada.
Se eu pudesse, eu não dormiria jamais,
Não falararia com ninguém,
Apenas com Deus,
Pedindo a ele incansávelmente que te trouxesse de volta.
Mas eu não posso tudo isso,
Porque existe uma outra pessoinha,
Tão esperta, tão amorosa, e tão sedenta de amor,
O teu irmãozinho, que também precisa do meu cuidado e carinho.
Todos os dias, eu e ele,
Nos prostramos e oramos por você,
Para que onde quer que estejas,
Que esteja em paz,  em segurança,
E que o Deus que te criou traga logo você pra junto de nós.
Todos os dias espero por você com tamanha ansiedade,
Que até me assusto com tudo e todos,
Pensando ser você a chegar
Pra enfim me abraçar.
Ah meu filho amado, pedaço tão adorado de mim,
Por favor fique bem, por favor voe com cuidado
E deixe de vez enquando o vento te soprar pro lado de cá!
Ah filho meu, amor meu!
Nunca vou me cansar de te esperar...

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Não quero mais partir




Não sei porque se tornou tão mais fácil,
Viver acompanhada das malas que já não saem do seu lugar.
Só ficam alí, olhando pra mim,
Como se dissesem:
Vamos embora?
Vamos sonhar?
Já passou da hora de ir!
Mas eu não quero mais partir.
Não quero mais me procurar por aí.
Cansei.
Quero que me encontrem
E se não for pedir demais,
Que fiquem e morem em mim.
O resto, eu não quero mais...

Adriana M Machado

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O gosto da boca





Noite fria que faz tremer as lembranças.
Não consigo dormir nem me situar,
Pensando em tudo o que deixei de viver.
Só disso lamento,
Só por isso vou lamentar por toda minha vida.
Será que não teria sido diferente,
Se eu tivesse escolhido a outra direção?
Provavelmente sim.
Mas não escolhi.
Esperei com tanta pressa de viver!
Sim, fui vivendo na correria de quem leva a vida ao acaso,
Porque não acredita mais,
E enquanto você me chamava no teu sorriso,
Eu, tão acostumada a andar sozinha,
não percebi a tua verdade.
Agora penso,
Como idiota eu fui de não seguir você!
Me deixar levar só por alguns instantes,
Teria sido muito mais bonito.
Pelo menos esta noite,
Eu teria do que me lembrar,
Além do gosto da tua boca,
Que nunca quis me deixar.
Ai que saudade do gosto vivo da tua boca!
Quantas coisas ele me disse
Enquanto  eu sugava tuas palavras,
Enquanto eu prendia teus anceios aqui dentro de mim.
Só ficaram os sussurros,
Aqueles de quem quer se apaixonar.
Esses eu não posso esquecer,
Porque eles ficaram no gosto.
Mas as palavras,
Escodí-as tão bem escondidas
Que já não posso encontrar.
As vezes me parece grande demais esse espaço que trago no peito.
Não sei pra que serve tanto lugar pra morar,
Se no fim da noite mais uma vez estou sozinha,
Sem ninguém pra me abraçar,
Sem ninguém pra eu guardar.
Não sei pra que,
Esse jeito tão isano de amar.
Não sei...

(Postado dia 01 de novembro de 2011, às 19:10h)