Poesias de um sonho

"Se eu me permitir sonhar, voarei aos céus e habitarei entre as estrelas nos meus dias de solidão, mas se eu me fechar na escuridão de todos os meus medos, viverei eternamente na margem de tudo o que não fui capaz de crer. Não vai ser fácil ver meu reflexo todas as noites, sem poder ver em meus olhos o brilho de todas as luzes do universo...

Prefiro amar meu sonho, e fazer dele o mais sublime de mim mesma. E ele se fará em cada amanhecer uma nova poesia aqui dentro de mim!

Eu só quero voar..."

(Adriana M Machado)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Minha flor...


Outro dia eu encontrei uma flor,
Tão linda, tão rara, tão difícil de descrever!
Eu a encontrei em um jardim abandonado,
Onde todas as outras flores haviam se secado.
Onde não havia mais vida, onde a chuva fazia tempo não se derramava por ali...
Mas ela ainda sobrevivia,  um pouco murcha de tristeza ou solidão, talvez...
 Ela ainda respirava, ela ainda sussurrava,
Ela pedia por um abrigo, por um abraço,
Por um amor, um amigo...
Por ela me apaixonei e tomei-a para mim!
Eu a adotei para o meu pequeno jardim dos sonhos...
Ela se tornou a rainha de todas as flores!
A mais bela, a mais perfumada,
A mais encantadora de todas elas!
Porque na verdade ela era a única flor que se fez real em meu jardim.
Todas as outras nunca foram reais assim...
Eram flores que murchavam no fim do dia, ou que no nascer do sol,
Esqueciam-se de sorrir...
Mas a minha flor veio como um grande presente,
Onde só quem pode encontrá-lo, é quem acredita no amor,
É quem busca por ele sem nunca, jamais se cansar.
Ah que dia feliz o primeiro dia de vida do meu jardim!
Quanta vontade de regá-lo todos os dias me veio assim espontaneamente!
Porque é preciso alimentar a flor dos meus sonhos,
É preciso com ela sentir o calor do sol,
É preciso protegê-la nas noites escuras,
Onde as estrelas insistem em se esconder.
É preciso nunca me esquecer de lhe contar histórias que a faça sonhar também,
Para que ela nunca desista de viver,
E mantenha-se linda em cada novo amanhecer...
Então eu posso sentir que sou feliz,
 Meio a essa tempestade que se forma aqui dentro de mim,
Porque sei que não estou sozinha.
A flor dos meus sonhos vela por mim...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Luzes de algodão



Um dia desses me perdi,


E como quem se perde com tamanha vontade,

Encontrei luzes de um céu escondido.

Luzes de quem vive na solidão,

Luzes de algodão...

E como quem tem sede demais, um copo não era o bastante,

Milhões de copos, jamais seriam o bastante

para que enfim, alguém me segurasse pelas mãos...

Então caí, adormeci nos olhos de um brilho que não pude descrever,

Um brilho que me fez tremer,

Um brilho negro na escuridão.

E o cheiro que ninguém me disse que não era meu, ficou em mim...

O gosto, só eu sei dizer o quão amargo e doce ele é.

Mas o dia chegou e despertei.

Me dei conta de que o sonho era só meu...

Estou sozinha na madrugada,

Mas os olhos negros insistem em me velar...

Os olhos negros na escuridão,

Estão sempre a me lembrar,

que não se perde todos os dias,

em meio a luzes de algodão.

Então viro poeta, e guardo aqui bem escondido,

Os sonhos do meu coração...

Onde está o abraço que me fez dormir?

O beijo que me fez apaixonar?

Eu não sei...

Quem sabe um dia desses, eu tenha a sorte de mais uma vez me perder...

(Adriana M Machado)