Poesias de um sonho

"Se eu me permitir sonhar, voarei aos céus e habitarei entre as estrelas nos meus dias de solidão, mas se eu me fechar na escuridão de todos os meus medos, viverei eternamente na margem de tudo o que não fui capaz de crer. Não vai ser fácil ver meu reflexo todas as noites, sem poder ver em meus olhos o brilho de todas as luzes do universo...

Prefiro amar meu sonho, e fazer dele o mais sublime de mim mesma. E ele se fará em cada amanhecer uma nova poesia aqui dentro de mim!

Eu só quero voar..."

(Adriana M Machado)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ah que saudade



Ah que saudade eu tenho de olhar pra você!
Sentir teu cheiro que sempre foi só meu,
Te abraçar forte e descansar no teu colo,
Te beijar como a primeira vez.
Teus cabelos já estão grisalhos!
Que linda imagem te ver assim,
E sentir a mesma pulsação intensa no peito,
Sentir o mesmo amor de sempre.
Eu já sabia que seria desse jeito...
Tantos anos se passaram,
Tanto tempo sem saber nada de você
Nessa distância de mais de 9000 quilômetros
De desencantos, de lágrimas cansadas.
Nessa distância que parece infinita
E que nos separa, que quase nos divide,
Entre esse oceano imenso de saudade.
Eu tentei fugir, tentei esquecer e nunca mais olhar atrás,
Mas o tempo, a distância, nunca mudou nada de verdade.
Ah como eu amo Lisboa!
Como eu amo o fado a luz de velas,
O vinho tinto, o silêncio,
O teu abraço.
Ah como eu amo você!
Meu menino levado, brigão,
Revoltado.
Menino do sorriso dourado,
Sorriso bem preservado para aqueles que o merecem bem.
Sorriso que iluminou meu coração e me fez apaixonar.
Um amor que ficou para sempre em mim,
Grudado e bem escondido aqui dentro.
Tatuado na minha alma para sempre...
Ah como eu desejo voltar a Lisboa!
E pelas ruas apertadas de um coração apertado,
Lá pelas bandas do Bairro Alto,
Juntar meu cacos.
Meus pedaços perdidos em folhas de papel,
Em copos de whisky,
Em um abraço que ninguém nunca foi capaz de prender.
Ah que saudade da concentração Internacional de motos,
De beber até cair.
 De relaxar no gramado.
Saudade do teu olhar apaixonado...
Ah que saudade da chuva no rosto,
Do vento que me levava em tua direção
Quando eu já estava por desistir.
Ah que saudade
Das madrugadas bêbadas
Dançando nas ruas,
Amando nas ruas
Da tão sonhada Lisboa!
Ah que saudade da Avenida Liberdade...

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