Poesias de um sonho

"Se eu me permitir sonhar, voarei aos céus e habitarei entre as estrelas nos meus dias de solidão, mas se eu me fechar na escuridão de todos os meus medos, viverei eternamente na margem de tudo o que não fui capaz de crer. Não vai ser fácil ver meu reflexo todas as noites, sem poder ver em meus olhos o brilho de todas as luzes do universo...

Prefiro amar meu sonho, e fazer dele o mais sublime de mim mesma. E ele se fará em cada amanhecer uma nova poesia aqui dentro de mim!

Eu só quero voar..."

(Adriana M Machado)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Toc! Toc! Toc!




toc! toc! toc!
Ouço alguém bater na porta!
toc! toc! toc!

Me assusto! Não quero abrir!
Tenho medo de estranhos,
de que possam me ferir.

Me lembro a quanto tempo já adormeci
as paixões aqui dentro de mim,
e penso que não quero saber de coisas novas,
é difícil demais,
é desgastante demais...
Eu não tenho tempo
pra um novo intento.

Ouço outra vez!
toc! toc! toc!

Quero me esconder em um lugar mais seguro!
Se pelo menos eu conseguisse saltar esse muro
que me prende em mim,
estaria finalmente livre do exílio e
iria pra casa,
eu juro que iria pra casa.

Enquanto isso não quero respirar,
tenho medo que ele perceba a minha presença e
tente me encontrar.
Não vou ser capaz de me entregar.

toc! toc! toc!
bate outra vez!


Estou curiosa!
Quem será que quer tanto entrar?
Talvez seja só o entregador de cartas
trazendo notícias de alguém que se foi!
Fico feliz e me apresso a abrir a porta,
mas é tarde demais pra quem demora.
O amor cansou de bater e foi embora.
Volto então ao meu mundo real,
a eterna solidão que sempre me convém,
neste meu mundo de ninguém.

Um comentário:

  1. Adriana, meu anjo...
    Em nossas vidas, às vezes, por conta de algumas coisas que passamos e por uma questão de sobrevivência, temos uma grande tendência em nos fecharmos e nos protegermos.
    É o medo da dor... O medo de reviver sentimentos difíceis. O medo das lembranças...
    Mas, querida Adriana, esses medos não podem ser maiores do que a sua vontade de viver e de vencer. Esses medos, não podem ter o poder de te paralizar. Tente usar essas experiências passadas para crescer e se fortificar. Você, querida Adriana, não sei se sabe, mas você é uma pessoa muito forte. Uma guerreira. Seu passado estará sempre ali, para que você olhe para ele, se precisar. Mas não tenha medo. Viva, construa e sorria para vida. E, se quiser, sorria para o passado, também. E diga: Eu consegui, lutei e venci...
    Meus parabéns, Adriana... Pela força e pelo exemplo.
    Um grande beijo,
    Maü Cardoso.

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