Estamos em três,
Novas mulheres se descobrindo outra vez.
Sonhos de astronauta,
Histórias de burguês...
Somos aquilo que vivemos; Socorro!
A cada dia nascemos e morremos!
Talvez não seja muito difícil
Mais um pequeno sacrifício.
Dividir a mesma xícara,
Perder a cama, levar uma vida tão cigana.
Estilos diferentes,
Mistérios subseqüentes,
Mentes dementes.
Não sei, mas e daí?
Não to nem aí!
Se por acaso somos atraentes, mulheres ardentes,
Não podemos assegurar.
O tempo nos escondeu, um sumiço nos deu.
Nos trancou no porão de um choroso coração.
Aprendemos à arte de uma vida metropolitana,
A qualquer lugar, na grama, na lama, na areia da fama,
Fazemos à cama.
Seja na rua, em uma noite de lua.
Somos os anzóis, pescamos a nós.
Sempre tão juntas, cada vez mais a sós.
Somos gatas de rua, solitárias e choronas,
Amigonas e amigonas...
Adriana M Machado
(criada dia 30 de abril de 2002. Copacabana RJ)
Eu morava em uma quitinete com uma amiga em Copacabana, e logo chegou outra pra dividir o pequeno espaço. Então tivemos que aprender tudo de novo, a convivência, essas coisas... Perde-se um pouco aqui, ganha-se um pouco ali. No final éramos muito amigas as três! Já estávamos acostumadas a sempre ter que mudar... Atribuíamos nossas vidas as fases da lua! Era bem complicado, mas muito produtivo!!
ResponderExcluirSeus textos, mesmo se sao tristes, nunca tem lamentacao, reclamacao, arrependimento, amargura. Tem VIDA. Voce vive, nao deixa a vida passar!
ResponderExcluirQuerida Adriana...
ResponderExcluirAprender a dividir, aprender a conviver, estabelecer novos limites, tudo isso,é uma engrenagem bastante delicada, você sabe.
Acho uma grande arte, pessoas que conseguem lidar com essas forças e viverem felizes e serem produtivas, num ambiente assim, dividido, compartilhado.
Parabéns, minha menina...
Amei.
Um beijo grande,
Maü Cardoso.