Poesias de um sonho

"Se eu me permitir sonhar, voarei aos céus e habitarei entre as estrelas nos meus dias de solidão, mas se eu me fechar na escuridão de todos os meus medos, viverei eternamente na margem de tudo o que não fui capaz de crer. Não vai ser fácil ver meu reflexo todas as noites, sem poder ver em meus olhos o brilho de todas as luzes do universo...

Prefiro amar meu sonho, e fazer dele o mais sublime de mim mesma. E ele se fará em cada amanhecer uma nova poesia aqui dentro de mim!

Eu só quero voar..."

(Adriana M Machado)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Na estrada dos teus passos




O sol vem nascendo sobre meu sonho.
Ele nasce no teu horizonte e é pra lá que eu vou.
Eu não vou poder te ver, não vou te abraçar e fazer piada pra te ver sorrir.
Agora, somos duas metades de desencontro.
Duas vidas seguindo caminhos opostos.
Acho que sempre foi assim, e eu não havia percebido quando me apaixonei...
Eu ainda tinha o teu abraço, eu ainda tinha o teu sorriso que era só meu,
sim, aquele sorriso de menino feliz!
Eu ainda podia chorar os dias cinzentos da tua ausência, porque eles também ainda eram
só meus lá na terra da garoa, naquele tempo.
Eu tinha tantas coisas que não sabia!
Agora eu só tenho a neblina da estrada ofuscando meu coração que chora,
por saber que vou ver o sol nascer no teu céu, mas teu horizonte não é mais o meu.
Estou sozinha na estrada, estou sozinha nesse choro escondido nos passos do teu caminho.
Perdi tuas pegadas.
Eu viajo, viajo para dias melhores em que vou te ver sorrir de novo, com o brilho nos olhos
de quem sorrir só pra mim, como nos tempos passados.
Nunca pensei que sentiria tanta saudade dos dias cinzentos. Nunca pensei descobrir que foi nos dias cinzentos em que você foi só meu. E as tardes de domingo, as madrugadas no café do Pão de Açúcar, o perfume dos livros, teu colo... Tudo aquilo que me parecia tão pouco,
tudo era só meu. E eu viajo, viajo sozinha agora. O sol nasce e a neblina vai se dicipando.
Então tenho medo do sol que espalha aos quatro ventos essa minha saudade, essa dor de seguir sozinha na tua estrada... É sol de agosto, é cedo e eu ainda não adormeci. Me pergunto: Por quê?
Acho que amo São Paulo como nunca amei ninguém...
Um dia desses ainda vou dançar na Avenida Paulista, vou dançar na madrugada dos teus passos, e vou comer torta de cereja, e vou sentir o perfume dos livros de novo.
Um dia desses vou ler pra você, vou te contar histórias no perfume dos teu braços.
Vamos dançar amor?
Meu vestido é branco, e danço descalça porque assim meus pés cabem melhor nos teus.
Vamos dançar a nossa poesia!
As palavras tomarão vida e você vai ficar louco de felicidade nas ruas da cidade dos sonhos!
Não me deixe agora amor! Não me diga adeus, ainda não, por favor!
Deixe-me calçar teus passos. Deixe-me ser louca um pouco mais.
Só um pouquinho mais!
Deixa eu te levar comigo na viagem dos teus passos!
Amor?
O sol, ele nasceu...

Um comentário:

  1. Indo pra SP na sexta de manhã, dia 23 de agosto de 2003.A vida é engraçada...

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